quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Festa no Céu

Hoje o tempo esta com muito nevoeiro,e ao andar no jardim de casa encontrei um sapinho lindinho. Na hora lembrei da historinha que minha mae me contava para dormir rsrsrs^^.
Pensei em tirar foto do danado. Mas foi uma pena minha maquina estava sem bateria .
Mas para compesar encontrei esta historia na net.
E um videos tbm no youtube, fale a pena ouvir e matar a saudades destas historinha.







A festa no céu


Versão de Alceu Maynard Araújo *
(Conto etiológico tradicional do Brasil)

Era uma vez um Sapo muito esperto e um Urubu que sabia tocar viola muito bem. Houve uma festa no céu, foram convidados todos os bichos cá da terra. O Urubu, violeiro afamado, não faltaria... as danças dependeriam de sua marcação. Como está sempre com os pés sujos, foi lavá-los numa lagoa e aproveitar para tomar um gole d'água quando avistou um sapo-untanha dorme-dormindo. E o diálogo tem inicio: - Como é compadre Cururu, você não vai á festa no céu?
O sapo-cururu respondeu: - Irei logo, estava tirando uma soneca para poder me divertir a noite toda... quero dançar até o sol raiar...
Enquanto o Urubu bebia água o Sapo entrou na viola do seu compadre. O Urubu apanhou a viola e voou em demanda da festa. Voou, voou, voou. Em chegando ao céu é recebido com ruidosa manifestação pela bicharada que lá em cima já se achava. Os bichos esperavam-no para dar inicio ao forró. Antes, porém, convidaram-no para tomar um "lava-goela". Deixou a viola num canto do salão. O sapo safou-se da viola sem ser visto por ninguém, enquanto todos estavam distraídos com a recepção ao violeiro. Saiu pula-pulando, chegando primeiro do que todos na "ramada" (barraquinha de come e bebes). Efusivo, recebeu-o o compadre Urubu: - Ué, Cururu, já por aqui?
- Aqui para lhe servir, meu compadre Urubu. Tome esta, que já faz tempo que estamos esperando pelos baiões bem marcados, que só meu compadre sabe tocar...
O Urubu lambiscou de tudo e foi tocar viola, acompanhando o sanfoneiro. A função prolongou-se até ao despontar da manhã. O sapo fingiu-se de cansado, de pernas bambas, passou ginga-gingando na frente do compadre, foi contando que iria dormir mais cedo. Bocejando desapareceu. Finda a função, o Urubu, esfaimado como sempre, voltou para dar uma vistoria na "ramada". O sapo aproveitou-se da oportunidade e zás... Enfiou-se novamente na viola. O Urubu despediu-se da bicharada, apanhou a viola e regressou para terra... E pensou: - Toquei a noite toda e a viola não estava tão pesada assim. Será que estou cansado?
Voou mais um pouco e procurou averiguar. Deu uma sacudidela e eis que vê lá dentro o Cururu, refestelado: - É você que está aí, seu malandro? Pois de agora em diante não me logrará mais, vou lhe pregar uma peça.
Virou a boca da viola para baixo, procurando desvencilhar-se do intruso. O Sapo, com os olhos arregalados de medo, vendo que ia se esborrachar no solo gritou: - Me jogue em cima de uma pedra, não me atire na água que eu me afogo.
O Urubu ficou branco de raiva, olhou e viu pouco distante uma lagoa e pensou: - Este trapaceiro sem-vergonha me paga, vou lhe dar-lhe uma lição de mestre. Voou até a lagoa e zás, derrubou seu compadre Cururu. Crocitando e com os olhos chispando de raiva disse: - Pois você me paga, seu cara feia, agora eu o afogo. E assim atirou o Cururu na lagoa. Pensou que tinha se vingado do sapo. E o espertalhão do Cururu, lá do fundo da lagoa saiu rindo e dizendo: - Enganei um bobo na casca do ovo.
Não presta ser vingativo, o Urubu não conseguiu o que desejava... e foi assim que o sapo foi à festa no céu...

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi michele!
tudo bem?
gostei da historinha do sapo...
BH tá como sempre.. muito boa!
essa terrinha não tem igual!
beijo grande,
Mila.